sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Poemas à vista

                           Uma folha que cai ao vento...
                           O crepúsculo...
                           Revoada de pássaros...
                           A orvalhada...
                           Olhares tímidos...
                           A solidão das ruas...
                           Luz em foco,dos postes...
                           A madrugada,em transe...
                           Pedra e sangue,em metamorfose...
                           Cheiro de jasmim...
                           Espiral da fumaça do café...
                           Desenho de nuvens...
                           Um cão poema...
                           Um gato cismado...
                           Alma que sonha...
                           Um sim,um não...
                           Terra molhada...
                           Chuva no telhado...
                           Olhos molhados...
                           Uma mangueira...
                           Um beija-flor...

                   Sérgio Ricardo...  

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Carvão

Que chama é essa,que nos queima.Ela é verdadeira?
Cinzas,de martírio histórico temporal...é coletivo! Mas,também,te fará alma gênesis...
És raiz fecunda,profunda do centro da vida...
Essa dor,é plural... tantas em uma só... terás a derradeira...depois,almas encantadas te resgatarão...
E tudo,em tudo,por si só,voltará ao começo... Carvão Alma.

Sérgio Ricardo...





terça-feira, 13 de setembro de 2011

Fábrica de Sonhos

Sublima teus sonhos de pedra e sangue,em algo de amar...
Tenta por vezes,sublimar a dor...ela é coletiva.Apenas mais uma,em tantas...
Quem irá te escutar,as paredes,os fantasmas,o vento?
Qual dor,te persiste mais?
Não a da carne,mas da alma.

Sérgio Ricardo...

domingo, 11 de setembro de 2011

Espelho

Que almas são essas?
Estão refletidas de perdão...
Essa mágoa,não vos pertencem...
Diante de nós,imagem de futuro...da vida.
Esses olhares mágicos,a nos lerem as almas...
Tudo envolto,em mistérios de além fé...
Sentimentos milenares... Fé,perdão,amor...
Segue esse reflexo,de uma imagem que não é tua,mas da eternidade de sentimentos.
Essa carne ai,que pensas ser tua,de nada é!
Essa alma,que pensas ser tua,só de Deus é!

Sérgio Ricardo...

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Castelo de Areia

Em madrugadas eternizadas,nós e os fantasmas,vagamos...
Paredes,telhados,nos olham...
Servimo-nos,xícaras de café,em mesa solitariamente posta...
Afinal,o que somos nós?
Delírios frustrados?
Sonhos inacabados?
A olhos nus,essa decadência desenhada...
A olhos nus,o absurdo instalado...
A olhos nus,nossos corações feridos...
Mas,nas manhãs que se imponhem,surgirá inevitavelmente,uma criança:RENASCIMENTO...

Sérgio Ricardo...

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Conversa de Anjo

Desce do céu,e vai amar na terra...
Amar na terra,como se sou anjo?
Vira gente,e vai sentir o amar mundano...
Tenho medo.
Como anjo,posso transcender a dor.Mas,como gente,tenho a dor!
Como anjo,sou sonho de amar...
Como gente,coração doidivanas...

Sérgio Ricardo...

domingo, 4 de setembro de 2011

Crepúsculo

Em corações cambaleantes,o surgir de algo novo...
A nos clamar:  Coragem!
O velho e o novo,a se misturarem... dor e alegria,são irmãs.
Nossa retina carmim,está perplexa,diante de tanta esperança.Ela existe!
Não queremos mais morrer.Também,não queremos amar...
Não queremos mais,tantos sonhos em vão,diluídos nesse rio cotidiano.
As almas,precisam renascerem...essa urgência,tão vagarosamente nos faz morrer...
E ao amanhecer,a primogênita coragem,nos faz menino de novo...

Sérgio Ricardo...

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Pontes

Queres ligar o simples?
Seja uma ponte!
Olha as do Recife,todas em ti...
Imponentes e simples,a ti revelar tantas coisas...
À noite,são irmãs da lua.De dia,namoram o sol.
Nas madrugadas,cintilam amor.
Em momentos de magia,se transformam  em gente...

Sérgio Ricardo...